domingo, 29 de março de 2015


 


Dia 23 de março - SANTO TURÍBIO DE MONGROVEJO, arcebispo de Lima






Turíbio Afonso nasceu em 1538, em Leão, Espanha. Oriundo de uma família nobre pôde fazer os seus estudos em Valladolid, Salamanca e Santiago de Compostela. Formou-se em Direito e em 1573 foi nomeado membro da Inquisição. O Papa Gregório XIII nomeou-o arcebispo de Lima (antes de ser padre), mas a sua jurisdição estendia-se por mais de 6.000.000 quilómetros quadrados. Chegou à América em 1581.
Durante vinte e cinco anos trabalhou na seara do Senhor, evangelizando e organizando a Igreja da América. Organizou também dez sínodos diocesanos e três provinciais.
Amou e protegeu os índios e a sua cultura e com uma leve ironia, desafiou os espanhóis, que se julgavam superiores, a aprenderem a língua dos nativos. Calcula-se que tenha andado, a pé ou a cavalo mais de quarenta mil quilómetros, percorrendo todos os lugarejos longínquos da sua diocese,  pelas neves dos Andes até aos desertos tórridos do Pacífico, administrando o sacramento da confirmação a mais de noventa mil pessoas.
Morreu na terra onde tanto tinha trabalhado numa quinta feira santa, dia 23 de março de 1606.
É conhecido como o apóstolo do Peru. Foi canonizado em 1726.




Padroeiro do Peru.




Oração:




Ó Deus, que aos Vossos pastores associastes São Turíbio de Mongrovejo, animado de ardente caridade e da fé que vence o mundo, dai-nos, por sua intercessão, perseverar na caridade e na fé, para participarmos da Vossa Glória. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito santo. Ámen.



sábado, 28 de março de 2015


Dia 22 de março - SÃO BASÍLIO de Ancira, sacerdote e mártir

 


São Basílio era padre em Ancira, sob as ordens do bispo Marcelo, e homem de vida muito santa, que pregava a palavra de Deus com muita assiduidade. Foi proibido pelos bispos arianos, em 360, de reunir assembleias eclesiásticas mas, ele desobedeceu pois achava essa ordem injusta, e defendeu a fé católica diante do próprio imperador Constâncio.
Quando Juliano, o Apóstata, restabeleceu a idolatria, Basílio percorreu a cidade inteira, exortando os cristãos a manterem-se firmes e a não se mancharem com os sacrifícios dos pagãos. Foi capturado e arrastado até ao procônsul, sendo acusado de sedição, de que espicaçava o povo contra os deuses e que se tinha referido ao imperador com insolência. O procônsul ordenou que ele fosse torturado na roda, e informou o imperador do que tinha feito. Este aprovou o seu procedimento e mandou-lhe dois cortesãos para o ajudarem no julgamento de Basílio. Apesar de preso, Basílio não parou de orar e glorificar Deus.
Entretanto, o imperador Juliano deixou Constantinopla com destino a Antioquia, para se preparar para uma expedição contra os persas. Quando chegou a Ancira, trouxeram Basílio à sua presença e o astuto imperador, afetando compaixão, disse-lhe: "Eu próprio sou versado nos seus mistérios, e posso informá-lo de que Cristo permanece entre os mortos." Basílio respondeu-lhe que ele estava enganado e que tinha renunciado a Cristo no momento em que Deus lhe tinha oferecido o império. Acrescentou ainda que Deus lhe tiraria  o império e a vida. Juliano disse-lhe então que tinha pensado mandá-lo embora mas, dada a sua insolência e persistência nas mesmas ideias, via-se obrigado a dar-lhe uma pena pesada: todos os dias lhe seria arrancada pele em sete sítios diferentes do corpo, até que não restasse mais nenhuma.
O santo sofreu com infinita paciência as primeiras incisões mas depois pediu para falar com o imperador. Este, acreditando que Basílio cederia, deu ordens para que o levassem ao templo onde se encontrava. O santo surpreendeu-o  declarando que nunca adoraria ídolos cegos e surdos e, pegando num pedaço da sua carne que ainda estava agarrada ao corpo,  atirou-a a Juliano. O imperador ficou exasperado e mandou que lhe duplicassem as torturas. As incisões eram tão profundas que as entranhas ficavam à vista. As pessoas que assistiam, comoviam-se e choravam de compaixão. Basílio, em voz alta, orava todo o tempo. Depois, foi levado de novo para a prisão.
Na manhã seguinte, Juliano partiu para Antioquia. O santo foi deitado de barriga para baixo e as costas trespassadas com espigões aquecidos ao rubro. Expirou sob estas torturas a 29 de junho de 362 mas a sua devoção é celebrada dia 22 de março.



Dia 21 de março - SÃO NICOLAU DE FLUE, eremita

Nicolau de Flue nasceu em 1417, em Flueli, na Suíça.
O seu desejo era seguir a vida religiosa mas a realidade impunha-se e teve de fazer vários trabalhos práticos na sua vida, como juiz, conselheiro ou deputado.
Em 1445 casou-se com Doroteia Wyss e dessa união nasceram cinco filhos e cinco filhas.
Aliciado por Matais de Bolsheim e Aimo Angrund, entrou em contacto com os Gottesfreunde (amigos de Deus), que era um movimento religioso. Nicolau queria uma vida de solidão mas a esposa opunha-se a esse seu desejo.
Em junho de 1467, de comum acordo com Doroteia  e depois de os filhos já estarem criados, Nicolau afastou-se para viver em solidão e dedicar-se exclusivamente a Deus. Não continuou isolado pois o plano de Deus era que ele vivesse perto de pessoas.Nicolau dedicou-se exclusivamente à penitência e à oração e participava nas missas dominicais. Tinha por cama uma tábua, por travesseiro uma pedra e, de início, alimentava-se de frutas e ervas, depois, durante dezanove anos, como está devidamente comprovado, só se alimentava com a Eucaristia. Todo este processo durou trinta e três anos.
Decidiu então habitar Ranft, um barranco solitário perto de Flueli e de onde só saía para ir à missa.  Contudo, quando a Áustria ameaçou a Suíça, em 1473, e em 1481 e 82, quando esteve prestes a estourar a guerra civil, o nosso santo teve de intervir e fê-lo tão bem que ganhou o título de "pai da pátria". Edificados pelas suas orações e penitências, os vizinhos edificaram-lhe uma ermida e uma capela.
Nicolau  morreu no dia em que completou setenta anos, em 1487. Foi canonizado em 1947 por Pio XII que o proclamou padroeiro da Suíça. Desempenhou um papel primordial ao resolver pacificamente questões adversas, sendo amado por todos. É também conhecido como irmão Klaus.

Padroeiro da Suíça.

Oração de São Nicolau de Flue:

Ó meu Deus, dai-me tudo o que me aproxima de Vós. Ó meu Senhor e meu Deus, livrai-me de mim mesmo e concedei-me possuir-Vos somente. Ámen.

sexta-feira, 27 de março de 2015





Dia 20 de março - SÃO CUTHBERTO
634-687








Quando os nortmbrios abraçaram a fé cristã, Santo Aidan fundou dois mosteiros, o de Melrose, no rio Tweed, e outro na ílha de Lindisfarne.
Cuthberto não nasceu longe de Melrose e na juventude sentiu-se feliz pelo retiro sagrado dos monges daquele mosteiro, cujo fervor procurava imitar nas montanhas enquanto apascentava as ovelhas do seu pai.
Uma noite, enquanto rezava e vigiava o rebanho, viu a alma de Santo Aidan ser transportada para o céu, por anjos, no preciso momento em que ele deixou a vida terrena, na ilha de Lindisfarne.
De imediato o jovem dirigiu-se para Melrose onde  se iniciou na vida monástica.
Nessa altura, Eata  era o abade e São Boisil o prior. Quando Eata foi chamado para governar o novo mosteiro de Rippon, levou Cuthberto consigo e encarregou-o de entreter os estrangeiros. Depois, quando São Wilfrido se tornou abade de Rippon, Cuthberto regressou a Melrose e, depois da morte de São Boisil, foi escolhido para o substituir como prior.
Nesta função trabalhou assiduamente com o povo, tentando libertá-lo dos costumes pagãos e práticas supersticiosas que ainda persistiam entre eles. Visitava especialmente aldeias distantes, situadas entre montanhas altas e inóspitas e, por isso, menos frequentadas por outros doutrinadores.
Depois de São Cuthberto viver muitos anos em Melrose, Santo Eata, também abade de  Lindisfarne, nomeou-o prior desse mosteiro maior. O santo governava Lindisfarne havia vários anos, quando, desjando uma maior proximidade com Deus, refugiou-se, com o consentimento do seu abade, na pequena ilha de Farne, para aí levar uma vida de eremita. O local era desabitado, não tinha água, nem árvores nem cereais. Cuthberto construiu uma cabana e, com as suas preces, conseguiu um poço de água fresca na sua própria cela. Embora os irmãos o viessem visitar, só dava conselhos espirituais por uma janela, sem nunca sair da cela.
Num sínodo de bispos reunido em Twiford (Nortúmbria), foi decidido que Cuthberto fosse elevado à sé episcopal de Lindisfarne. mas como nem cartas nem mensageiros obtiveram o seu consentimento, o próprio rei Elfrido rumou à ilha e intimou-o a não recusar o cargo.
Cuthberto anuiu e recebeu a consagração em York, na Páscoa seguinte. Na nova dignidade, o santo continuou com as antigas austeridades, mas lembrando-se do que devia ao seu próximo, pôs-se a caminho para pregar e instruir.
Prevendo que a morte se aproximava, Cuthberto demitiu-se do episcopado de dois anos e retirou-se para o isolamento da ilha de Farne. Morreu a 20 de março de 687.












Padroeiro dos pastores.







quinta-feira, 26 de março de 2015



Dia 19 de março - SÃO JOSÉ









São José era descendente direto dos grandes reis das tribos da Judeia, mas a sua verdadeira glória consistia na humildade e na virtude. Deus deu-lhe uma missão especial: educar o Seu Filho Divino. Para este efeito, foi dado como esposo à Virgem Maria. Ele seria o protetor da sua castidade, defensor das calúnias quando nascesse o Filho de Deus e quem a ajudaria nas viagens, fadigas e perseguições.
Consciente, portanto, do comportamento casto em relação a ela, não pôde deixar de sentir grande preocupação quando viu que ela estava à espera de uma criança. Mas, como era um homem justo, resolveu deixá-la sozinha sem a condenar ou acusar. A sua decisão foi tanto do agrado de Deus que Ele resolveu mandar-lhe um anjo do céu para dissipar todas as dúvidas.
Foi graças a São José que Jesus foi preservado dos ciúmes de Herodes. Um anjo apareceu-lhe em sonhos, obrigou-o a levantar-se da cama, a pegar no Menino Jesus e a fugir com Ele para o Egito. Depois da morte de Herodes, Deus ordenou-lhe que regressasse com a criança e a mãe para as terras de Israel, a que o nosso santo prontamente obedeceu, retirando-se para a Galileia, onde ocupou a sua antiga habitação em Nazaré.
Sendo estrito observador da lei de Moisés, São José ia todos os anos a Jerusalém para celebrar a Páscoa judaica. Quando Jesus tinha doze anos de idade, acompanhou os pais nessa viagem. Tendo acabado as cerimónias, estavam de volta à Galileia com muitos dos seus vizinhos, nunca duvidando de que Jesus estaria na companhia de alguém do grupo. Quando a noite chegou e não tiveram notícias de Jesus, regressaram apressadamente a Jerusalém. Depois de três dias procurando, encontraram-n'O sentado no templo, entre os doutores de leis mais eruditos, fazendo perguntas que os deixavam admirados. Quando a mãe lhe perguntou: "Filho, porque procedeste assim connosco? Repara, o teu pai e eu andámos à tua procura, muito aflitos", recebeu como resposta que Ele tinha de tratar de assuntos de Seu Pai e que, portanto, havia todas as probabilidades de O encontraram na casa de Seu Pai.
São José devotou a sua vida a cuidar de Jesus e de Maria.
Cessam aqui as referências a José nas Sagradas Escrituras, deve ter morrido antes das bodas de Canã e do início dos mistérios do Nosso Salvador. No fim da sua vida deve ter tido a felicidade de estar com Maria e com Jesus, assistindo aos seus últimos momentos.
São Francisco de Assis e Santa Teresa `d'Ávila foram santos responsáveis pela divulgação da devoção a São José. Em 1870, foi declarado oficialmente Patrono Universal da Igreja, pelo Papa Pio IX. O Papa Bento XV declarou-o patrono da justiça social. O Papa Pio XII instituiu uma segunda festa em homenagem do santo, o dia primeiro de maio, dia de São José Operário.
São José é o santo que intercede por nós junto de Deus, para suprir as nossas necessidades. Através dele, podemos pedir ajuda na saúde e nas dificuldades e ajuda as famílias a alcançar a bênção de uma vida digna.



Padroeiro dos pais e das famílias, dos carpinteiros e dos trabalhadores.






Oração para pedir emprego:


Ó meu querido Santo Trabalhador, que em vida fizestes a vontade de Deus através do trabalho, abri as portas do comércio para que eu possa conseguir um emprego. Dai-me forças e coragem para não desistir no primeiro não. Que eu tenha a disposição de Santa Teresa d'Ávila, a simplicidade de Maria de Nazaré e a força de Santo António. Orientai os nossos governantes para a distribuição justa dos bens do país. Protegei as nossas famílias para que não se deixem vencer pelo medo, pela violência ou pela falta de trabalho e dai-nos esperança no domingo da Ressurreição.
Meu querido São José, padroeiro dos trabalhadores, não me deixeis sem o pão de cada dia e sem perspetiva de um dia novo para a minha família. Prometo, com o dinheiro do meu futuro emprego, ajudar uma instituição de caridade e divulgar esta devoção. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Ámen.



quarta-feira, 25 de março de 2015


Dia 18 de março - SÃO CIRILO DE JERUSALÉM, bispo e doutor da Igreja




Cirilo nasceu em 315, perto de Jerusalém, os seus pais era cristãos e gente de bons recursos financeiros. O seu temperamento era afável e suave. A sua educação cristã preparou-o muito bem para se tornar sacerdote, o que aconteceu no ano 345.
Em 348 foi consagrado bispo de Jerusalém, cargo que viria a ocupar durante trinta e cinco anos, embora tenha passado dezasseis anos no exílio, em três momentos diferentes.
O primeiro exílio foi por ser acusado de heresia, pelo bispo Acácio que era muito influente na Igreja. O segundo, acusado de ser simpatizante de hereges, por ordem do imperador Constantino. De nada lhe valeu a defesa dos bispos Atanásio e Hilário, que intercederam em seu favor. O terceiro, o mais longo, por ordem do imperador Valente, um herege. Cirilo peregrinou onze anos por várias cidades da Ásia até à morte de Valente, em 378.
O seu trabalho, empenhado, resistiu a tudo e estende-se até aos nossos dias. As suas catequeses pretendiam formar o povo de Deus, na verdade e no amor, dando o exemplo com a sua vida. Era responsável por formar catecúmenos, adultos que iam ser batizados. Escreveu discursos, sermões e cartas, onde explica detalhadamente o como e o porquê das orações e dos sacramentos e ajudou os fiéis a perceberem profundamente o mistério pascal.
Viveu a religião verdadeiramente pois em momentos de dificuldade, não hesitou em vender objetos valiosos da igreja para matar a fome dos pobres.
Foi considerado, pelos seus congéneres bispos, Atanásio e Hilário, um "valente lutador para defender a Igreja dos hereges que negam as verdades da nossa religião".
Morreu no ano de 386.
Em 1882 foi canonizado e o papa Leão XIII atribuiu-lhe os títulos de Doutor da Igreja e Príncipe dos Catequistas Católicos.

Oração:

Ó Deus, que marcastes pela Vossa doutrina a vida de São Cirilo de Jerusalém, concedei-nos, por sua intercessão, que sejamos fiéis à mesma doutrina e a proclamemos nas nossas ações. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Ámen.


terça-feira, 24 de março de 2015



Dia 17 de março - SÃO PATRÍCIO, bispo, apóstolo da Irlanda


Patrício nasceu no ano 377, na Grã-Bretanha. Há poucos dados sobre a sua origem mas, retirado do seu livro autobiográfico, Confissão, diz ter nascido na vila de seu pai, situada em Inglaterra ou na Escócia, filho de Calpurnius e, apesar de ter nascido cristão, só na adolescência passou a professar esta fé.
Aos dezasseis ou dezassete anos, foi preso por piratas irlandeses e vendido como escravo. Foi levado para a Irlanda, obrigado a fazer todo o tipo de trabalho rude e bárbaro no meio de um povo pagão.
Tentou fugir mais de uma vez e à terceira conseguiu-o. Embarcou para a Grã-Bretanha e depois para França, onde frequentou vários mosteiros, preparando-se para a vida monástica e missionária.
Começou por acompanhar São Germano, do mosteiro de Auxerre, numa missão apostólica à Grã-Bretanha. Mas o seu destino parecia estar ligado à Irlanda, a terra onde fora escravizado e onde ele queria levar Jesus Cristo.
O momento chegou com a morte do Bispo Paládio, que era o responsável por essa missão na Irlanda. O Papa Celestino I, convovou-o para dar seguimento a essa tarefa e, depois de nomeado bispo, rumou em direção à "Ilha Verde", no ano 432.
E o bispo Patrício, em quase três décadas, mudou aquela nação. Converteu quase todo o país. Não tinha apoio político mas também não recorreu à força contra os pagãos. A sua ética fez com que não houvesse perseguição aos cristãos. O rei Leogário deu o exemplo, possibilitando a conversão de toda a corte. O trabalho de Patrício foi tão importante que a Irlanda se tornou uma nação católica e, foi berço de muitos santos e evangelizadores.
Patrício fundou vários mosteiros, o que permitiu um tão grande aucesso de conversão em terras irlandesas. Fez da Ilha um centro de irradiação de fé e cultura. Dali partiram monges missionários para levar o Evangelho até terras estrangeiras. Destacam-se alguns apóstolos, como Columbano, Galo, Willibrordo, Tarásio e Donato.
A obra de Patrício marcou tanto a cultura irlandesa que as lendas heróicas desse povo têm sempre monges simples com as suas aventuras, enquanto outros povos têm como protagonistas reis e suas lutas heróicas.
O bispo Patrício morreu no dia 17 de março de 461, na cidade de Down, hoje Downpatrick. A tradição mantém-se até hoje e os naturais, na festa do Santo, pregam à roupa um trevo verde de três folhas, simbolizando a Santíssima Trindade.
Há na Irlanda duzentos santuários em honra se São Patrício.

Padroeiro da Irlanda.

Oração:

Santo Bispo Patrício, fiel pastor do rebanho de Cristo, tu iluminaste a Irlanda com o fulgor da Boa Nova e o poder da Trindade! Agora que estás na presença do Salvador, rogai para que Ele nos guarde em fé e amor! Ámen.


 


Dia 16 de Março - SANTO ABRAÃO, eremita, e sua sobrinha SANTA MARIA, uma penitente



Abraão nasceu no ano 296, na Mesopotâmia, atual Síria. Os seus pais eram religiosos e deram-lhe uma boa educação cristã.
Em idade de se casar, o pai escolheu-lhe uma  noiva, mas Abraão recusou casar-se, queria ser eremita e viver em oração, contemplação e penitência, dedicando-se só a Deus.
A família não aitou essa recusa e pressionaram-no para se casar. O jovem Abraão não encontrou escapatória antes mas, no próprio dia do casamento, abandonou tudo e todos. Encontraram-no dezassete dias depois, numa caverna isolada, perto da cidade de Edessa. Apesar dos insistentes pedidos dos pais para voltar com eles, não acedeu. E ali ficou por dez anos, até que soube da morte dos progenitores.
Abraão viu-se obrigado a abandonar o seu local habitual e ter de tratar da herança familiar que recebera. Pediu ao bispo de Edessa, seu amigo pessoal, que distribuísse tudo pelos pobres. Este abandono temporário do seu isolamento, fez com que o bispo, que precisava de um sacerdote para uma missao especial, ordenasse Abraão e lhe confiasse a missão de padre missionário em Beth-Kiduna, terra onde todos eram pagãos e idólatras.
Um ano se passou, de evangelização dura. Abraão, com a ajuda das gentes locais, construiu uma igreja, pois todos se tinham já convertido ao cristianismo. Abraão achava que a sua missão estava cumporida e ansiava ser substituído por outro sacerdote para poder voltar à sua vida antiga. Rezou muito a Deus e o seu pedido foi alcançado, voltou à solidão do deserto de Edessa. Por esta missão em Kiduna, ficou conhecido como Abraão Kidunaia.
Abraão ainda deixou a sua caverna por duas vezes. Uma, quando um irmão morreu e ele foi em auxílio da sobrinha. Recebeu-a, educou-a, ensinou-lhe tudo sobre a palavra de Cristo. Mas a jovem Maria preferiu os prazeres mundanos e fugiu para a cidade próxima. Abraão disfarçou-se de soldado, ancontrou-a e converteu-a definitivamente. Maria viveu quinze anos praticando a caridade. Passou a ser conhecida como Maria de Edessa. Diz-se que operou várias graças ainda em vida.
Muita gente ia ao deserto receber ensinamentos de Abraão de Kidunaia. Morreu com setenta anos de idade, no ano 366, cinco anos após a sua sobrinha e discípula Maria.Esta foi a segunda saída de Abraão.
O lugar do seu túmulo tornou-se lugar de peregrinação, de prodígios e de graças.




domingo, 22 de março de 2015


Dia 15 de março - SANTA LUÍSA DE MARILLAC



Luísa de Marillac nasceu a doze de agosto de 1591, em Meaux, França. A sua família pertencia à nobreza. Era órfã de mãe e o pai proporcionou-lhe todo o saber que podia. Aos quinze anos quis entrar para um convento mas foi dissuadida disso porque a sua saúde era frágil.
O pai morreu entretanto e a família encaminhou-a para um casamento, com o senhor Le Gras. Luísa foi uma boa esposa, de bom caráter e conduta cristã, conseguiu mesmo abrandar o ímpeto impulsivo do marido, tornando o seu casamento numa ligação ideal, até na oração.
Tiveram um filho, a quem Luísa devotou um amor imenso. O marido morreu nos seus braços, tinha Luísa  trinta e quatro anos.
Daí em diante dedicou-se inteiramente a Deus, praticando boas obras de cristã.
Luísa juntou-se a São Vicente de Paula, que tinha começado as suas obras de misericórdia, pondo nesta obra todo o seu coração e amor maternal e dando-lhes um novo fôlego. Percorria povoados, reanimava confrarias, visitava doentes e tudo ficava revitalizado. Eram necessários mais braços para tantas obras e muitas jovens se juntaram a eles para este trabalho de caridade. Depois de um tempo de noviciado, Luísa e as companheiras pronunciam os votos e, em 1634, tornam-se Filhas da Caridade de São Vicente de Paula.
As obras multiplicaram-se e passaram as fronteiras. Visitavam hospitais, acolhiam crianças abandonadas, prestavam auxílio em zonas de guerra, fizeram albergues para pobres, abriram estabelecimentos para loucos e doentes mentais, não havia limites para a sua ação de caridade.
Em 1665, tornava-se oficial a Congregação das Filhas da Caridade de São Vicente de Paula e São Vicente disse-lhes: "De hoje em diante, tereis o nome de Filhas da Caridade. Conservai este título, que é o mais formoso que podeis ter."
A sua obra continuou, não enfraquecendo o vigor das Filhas da Caridade. Santa Luísa trabalhou incansavelmente até aos fim dos seus dias. São Vicente não pôde acompanhá-la nesse momento porque se encontrava já muito doente, mas enviou-lhe uma mensagem, de que fosse adiante, que logo se encontrariam no céu. Morreu no dia 15 de março de 1660.
Os seus restos mortais encontram-se em Paris, na casa mãe da Congregação, na mesma capela das aparições da Virgem da medalha Milagrosa a Santa Catarina Lebouré.


Padroeira dos assistentes sociais.


Oração:


Pai amoroso, por intercessão de Santa Luísa de Marillac, vos rogamos que nos enchais do Vosso Amor para que, através das obras de caridade, possamos construir um mundo melhor e mais fraterno. Ámen.





quarta-feira, 18 de março de 2015

Dia 14 de março - SANTA MATILDE, rainha da Alemanha



Matilde de Ringelheim nasceu em 895. Foi educada num convento beneditino, por sua avó, a abadessa do convento de Herford, na Vestefália, e desde logo abraçou o cristianismo.
Foi rainha, mulher de Henrique I da Alemanha e teve dois filhos, Otto e Henrique.
Casou-se em 909 e, depois de seu marido falecer, ela reinou como regente  até o seu filho Otto ser coroado imperador em Roma.
Mesmo no meio do esplendor da corte conseguia manter-se afastada do rodopio da corte, lendo, meditando e orando e, ainda, praticando o bem junto dos pobres e dos doentes.
Livre para seguir o seu destino, entrou para um convento beneditino. Mais tarde fundou outros mosteiros e ela é um exemplo de como se pode ter tudo e viver na humildade religiosa.
Era devota fervorosa da Virgem Maria e dizia que em qualquer
momento menos bom da vida, a Virgem Maria nos consolaria e nos ajudaria.
Morreu a 14 de março de 968 e as suas relíquias encontram-se ao pé das do marido.
É venerada pelos beneditinos como se fosse uma deles. Dizia ela que o tempo é o nosso mais precioso bem, se usado com sabedoria.


Oração:

Senhor Jesus, a falta de solidariedade é o grande mal da humanidade. Perdoai-nos por nos fecharmos em nós mesmos, por nos preocuparmos somente com o que nos rodeia, negando-nos a ajudar  até mesmo aqueles que nós amamos. Pelos méritos de Santa Matilde, nobreza de pessoa e de alma, nós vos rogamos a graça de bem administrarmos os talentos e os bens que do nosso Pai Celeste recebemos. Ámen.
 


terça-feira, 17 de março de 2015


Dia 13 de março - SANTA EUFRÁSIA, virgem






Eufrásia nasceu no ano 380, na Ásia Menor, no tempo do imperador Teodósio, que era parente dos seus pais. Foi educada para viver na corte, num ambiente de luxo e vida ociosa. Os seus pais, apesar de ricos, preferiam uma vida simples e humilde e Eufrásia também não se sentia atraída por uma vida diferente dessa.
O nome Eufrásia, significa alegria. Depois do seu nascimento, os pais decidiram fazer voto de castidade para melhor se dedicarem a Deus. Eufrásia orava muito e fazia jejuns que chegavam a durar vários dias.Com a morte do pai, a mãe começou a ser cortejada e, para se afastar dessa vida, foram viver para o Egito. Com a fortuna da família pôde continuar a ajudar quem precisava e, muitas vezes, levava Eufrásia nas visitas a conventos e hospitais que ajudava a subsistir.
Com apenas sete anos, numa dessas visitas, Eufrásia pediu para ficar no convento e cumpria os seus deveres com disciplina e pontualidade, espantando todos. Ali se manteve até à morte da mãe.
Sabendo da sua orfandade, o imperador, seu parente, ofereceu-lhe uma proposta que vinha de um senador, que se queria casar com Eufrásia. Isso dar-lhe-ia estabilidade e aumentaria  a sua já considerável fortuna. Eufrásia recusou, queria manter-se virgem e continuar a seguir a vida religiosa. Pediu ao imperador que distribuísse todos os seus bens pelos pobres.
Muitas foram as graças concedidas e factos prodigiosos aconteceram através de Eufrásia. Consta que com um sinal da cruz, curou um menino à beira da morte.
A madre superiora do seu convento teve um dia uma visão onde lhe era revelado a morte da jovem e a sua futura proclamação de santidade.Eufrásia sentia-se bem mas, mesmo assim, recebeu os sacramentos. No dia seguinte foi acometida por uma súbita febre e morreu. Era o ano 412 e ficou sepultada no convento onde viveu.
O culto a Santa Eufrásia difundiu-se, tanto no oriente como no ocidente. Impressionou pela vida singela que levou e pelas graças que ainda hoje acontecem pela sua intercessão.
O dia 13 de março é a data provável da sua morte.

Oração:

Querido Deus de bondade, fizeste-nos capazes de amar e de servir. Ajudai-nos a viver esta nossa vocação, seguindo os passos de Santa Eufrásia e aprendendo com ela a virtude de servir sem jamais exigir nada em troca. Isso vos pedimos em comunhão com Cristo e com o Espírito santo. Ámen.

segunda-feira, 16 de março de 2015

Dia 12 de março - SANTA SERAFINA ou FINA




   






Serafina nasceu em 1238, em São Geminiano, cidade medieval da Toscana, em Itália. Pertencia a uma família nobre. Era uma menina modesta, pura e caridosa com todos. Os pais alertaram-na contra a maldade do mundo e, Serafina, decidiu manter-se pura para seguir a Cristo.Teve uma vida breve, mas de intensa religiosidade.
Com dez anos de idade, a pequena Serafina contraíu uma doença que lhe cobriu o corpo de chagas incuráveis e dolorosas, que a deixavam incapaz de se movimentar. A morte da mãe agravou-lhe o sofrimento. Durante cinco anos permaneceu imóvel, numa cama de tábua, sofrendo resignada  e tendo  como conforto o seu amor a Cristo e à Virgem Maria.
Serafina era devota de São Gregório Magno e ele, em sonho, avisou-a de que a levaria para a vida eterna na mesma data em que ele morrera, ou seja, no dia 12 de março. Serafina morreu, realmente, no dia 12 de março de 1253, com quinze anos de idade.
No momento da sua morte, todos os sinos das torres tocaram sem que ninguém lhes tivesse tocado.
O seu culto começou logo após a sua morte e roram-lhe atribuídas muitas graças. Foi construído um hospital  em sua honra.




Padroeira da cidade de São Geminiano.


Dia 11 de março - SÃO CONSTANTINO





Constantino era rei da Cornualha, região que pertencia à Grã-Bretanha. Casou-se com a filha do rei da Bretanha.
A sua vida não foi exemplar pois cometeu muitos atos inconsequentes, mesmo crimes. Para se sentir à vontade com a esta vida, divorciou-se da mulher. Anos e anos de vida desregrada viveu este homem.
Quando soube da morte da sua ex-mulher, mudou radicalmente de vida. Primeiro, deixou o seu trono ao filho, depois converteu-se e foi batizado. Em seguida, retirou-se para o mosteiro irlandês de São Mócuda, onde trabalhou durante sete anos, fazendo as tarefas mais difíceis, em absoluto silêncio.
Seguiu os ensinamentos de Columbano, que na altura se encontrava a evangelizar na região, e tornou-se sacerdote.Seguiu Columbano e foi evengelizar com ele. Toda a sua energia e coragem foram agora postas ao serviço da conversão do seu povo.
A Inglaterra e a Irlanda tinham já começado o seu caminho de evngelização, iniciado por Patrício e continuado com Columbano e Constantino. Trabalhou arduamente para que o cristianismo chegasse a muitos e os frutos desse trabalho foram muitos e bons.
É nesta altura que a terra de Constantino passa a chamar-se Escócia. Antes de se tornar uma região católica, a Escócia viu ainda morrer Constantino. Um dia em que este  pregava numa praça foi atacado por um pagão que o feriu tão ferozmente que lhe amputou um braço. O sacerdote não resistiu, esvaiu-se em sangue. Morreu ni dia 11 de março de 598 e é o primeiro mártir escocês.
O seu culto espalhou-se para além da ilha e entrou na Europa divulgando-se  pelo ocidente e pelo oriente.

Oração:

Senhor, por intercessão de São Constantino, dai-nos a graça do zelo espiritual, para que em tudo e sempre estejamos empenhados em encontrar as riquezas celestiais. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Ámen.


 

 


Dia 10 de março - OS QUARENTA MÁRTIRES DE SEBASTE










Em 320, em Sebaste, na Arménia, o imperador Licínio, grande perseguidor de cristãos, ordenou que todos os que não fizessem sacrifícios aos deuses pagãos seriam condenados à morte. Uma legião de quarenta soldados apresentou-se às autoridades, afirmando-se cristãos e dizendo que não queimariam incenso nem sacrificariam animais.Para ver até onde ia a coragem deles, o prefeito mandou-os prender e flagelar, com correntes e ferros aguçados.
Nada os demoveu. O comandante, que não queria perder tantos homens valentes, pediu-lhes que cedessem. mas eles mantiveram-se irredutíveis. Foram condenados a uma morte lenta e muito dolorosa. Foram metidos num tanque de gelo, nus, guardados por uma sentinela. Ao lado, havia uma sala de banhos quentes, roupas e comidas para quem mudasse de ideias. Mas não estes bravos cristãos, que preferiram o gelo durante três dias e três noites a renegar a sua fé em Cristo.
Na última noite, algo extraordinário aconteceu. O sentinela viu uma multidão de anjos que desceram dos céus e que vieram confortar os trinta e nove soldados, isto porque um deles tinha abandonado o tanque e se dirigia à sala de banhos quentes. Morreu assim que tocou na água quente. Mas o soldado que estava de sentinela, vendo os anjos, caíu de joelhos e resolveu mostrar o que era, um cristão. Tirou a roupa e juntou-se aos outros. Morreram quase todos congelados.
Um deles, muito jovem, ainda estava vivo quando retiraram os corpos para serem cremados. Pôde morrer nos braços da sua mãe.
Na prisão, estes quarenta bravos, escreveram uma carta coletiva, que se encontra guardada nos arquivos da Igreja e onde constam os nomes de todos estes mártires: ACÁCIO, AÉCIO, ALEXANDRE, ANGIAS, ATANÁSIO, CAIO, CÂNDIDO, CHÚDIO, CLÁUDIO, CIRILO, DOMINICANO, DOMNO, EDÉLCION, EUVICO, EUTICHIO, FLÁVIO, GORGÓNIO, HELIANO, HELIAS, HERÁCLIO, HESICHIO, JOÃO, BIBIANO, LEÔNCIO, LISIMACHO, MILITÃO, NICOLAU, FILOCTIMÃO, PRISCO, QUIRIÃO, SACERDÃO, SEVERIANO, SISÍNIO, SMARAGDO, TEÓDULO, TEÓFILO, VALENTE, VALÉRIO, VIBIANO e XANTEAS.

    
  

domingo, 15 de março de 2015


Dia 9 de março - SANTA FRANCISCA ROMANA, religiosa


Francisca Bussa de Buxis de Leoni, nasceu em 1384, em Itália, no seio de uma família nobre e cristã.
Desde muito nova que Francisca queria seguir a vida religiosa mas seu pai prometeu-a em casamento. O afortunado jovem era Lorenzo Ponziani, nobre, rico e comandante das tropas papais.
Mas Lorenzo era também um bom cristão e, durante os quarenta anos em que estiveram casados, tiveram um casamento feliz, pois havia harmonia entre eles. Tiveram seis filhos. Ambos cumpriam as suas obrigações matrimoniasis e também as de cristãos, praticando a caridade e a benevolência, dedicando o seu tempo aos pobres e desvalidos, de tal forma que a casa em que moravam se foi gradualmente transformando em asilo, hospital e albergue.
Francisca sofreu o pior desgosto que uma mãe pode sofrer, pois viu morrer três dos seus filhos. Roma era uma cidade que passou por duas guerras, revoluções, epidemias, fome e muita miséria. E, no meio de tudo isto, viu também outro dos seus filhos ser feito refém e o marido ser feito prisioneiro, depois de ter sido ferido na guerra. Lorenzo não resistiu e acabou por morrer em1436. Tanta dor teria deitado abaixo outra mulher qualquer, mas não Francisca que continuou a ajudar todos os que pôde. Chamavam-lhe "Mãe de Roma".
Francisca reuniu as amigas ricas da corte para, na igreja de Santa Maria Nova, trabalharem ajudando quem preciva. Não pertenciam a nenhuma ordem religiosa, mas a sua vontade fazia-as cumprirem as suas obrigações de mães e donas de casa e também tinham tempo para esse trabalho beneficente e caridoso.Depois da morte do marido, Francisca dedicou-se inteiramente à vida religiosa, formando, com alguma amigas que também eram viúvas, a Ordem das Irmãs Oblatas Olivetanas de Santa Maria Nova.
No dia 9 de março de 1440, com cinquenta e seis anos, morreu. Na sua biografia aparecem registadas várias manifestações da graça do Senhor na sua vida, assim como a presença real e contante de um anjo da guarda. Também desses registos constam as manifestações de devoção e admiração do povo de Roma que, durante três dias, accoreram para prestar a última homenagem à "Mãe de Roma". O seu corpo ficou sepultado na Igreja do convento onde vivia.
Foi proclamada Santa Francisca Romana em 1608, pelo Papa Paulo V.

Padroeira dos motoristas.

Oração:

Ó Deus, que nos destes em Santa Francisca Romana o modelo singular da vida matrimonial e monástica, concede-nos viver ao Teu serviço com tal perseverança, que possamos descobrir-Te e seguir-Te em todas as circunstâncias da vida. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, que conVosco vive e reina na unidade do Espírito Santo. Ámen.



sexta-feira, 13 de março de 2015

Dia 8 de março - SÃO JOÃO DE DEUS







João Ciudad, nasceu em Montemor-o-Novo, perto de Évora, em Portugal, no dia 8 de março de 1495.
Tinha oito anos quando fugiu de casa e como não sabia dizer por onde andara, os amigos chamavam-no João de Deus.
Foi pastor até aos vinte e sete anos e depois tornou-se militar. Participou em várias batalhas e, com o dinheiro que juntou, depois de deixar a vida militar, viajou pela Europa e foi até África. Em Gibraltar fez muita coisa e foi mesmo vendedor ambulante. De volta à Europa, abriu uma pequena livraria, em Granada.
Um dia, ouviu um sermão de João de Ávila, ficou de tal modo impressionado que decidiu vender tudo o que possuía e fazer doação aos pobres, passando a viver pelas ruas como pedinte e dizendo "Fazei bem, irmãos, a vós mesmos.". A sua frase, que se tornou símbolo de uma instituição, foi mal interpretada e João foi internado num hospício, onde sofreu tormentos com os tratamentos que lhe aplicavam. Finalmente foi libertado e  fundou um hospital onde se tratavam e curavam realmente os doentes, sendo tratados com humanidade. Sem estudos em medicina, João suplantava os médicos com as suas curas. Era preciso curar o espírito para que o corpo também pudesse sarar.
João recolheu os seus colaboradores numa grande família religiosa. Eram então os "Fazei bem irmãos".
Morreu com cinquenta e cinco anos, no dia do seu aniversário, a 8 de março de 1550. Foi canonizado pelo Papa Leão XIII, em 1690 que o tornou-o padroeiro de todos os hospitais e de todos os que trabalham para restituir a saúde aos doentes.


Patrono dos hospitais e patrono dos enfermeiros.
Patrono dos livreiros e dos tipógrafos.



Oração:



Senhor, que inflamastes São João de Deus no fogo da caridade para que fosse na terra o apóstolo dos pecadores, socorro dos pobres e saúde dos doente e, no céu, o constituístes alívio dos que sofrem, padroeiro e modelo dos profissionais de saúde, concedei-nos, por sua intercessão, a graça que neste momento vos pedimos (indicar a graça), prometendo imitá-lo nas suas virtudes, na construção do Vosso Reino de paz, justiça, amor e misericórdia. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Ámen.
 


Dia 7 de março - SANTA PERPÉTUA E SANTA FELICIDADE, mártires



Perpétua e Felicidade, estiveram juntas na vida e na morte.
Perpétua era uma jovem mãe de vinte e dois anos e Felicidade, uma escrava grávida de oito meses, ambas cristãs. Perpétua era de família nobre e filha de pai pagão e tinha tido há pouco tempo o seu filho. Felicidade era a sua escrava, e rezava diariamente para que o seu bebé pudesse nascer.
O imperador Severo havia decretado a pena de morte para os cristãos. Perpétua e Felicidade  estavam nos calabouços a aguardar a chamada à arena onde seriam entregues às feras para gáudio das multidões.
No calabouço, Perpétua escreveu um diário onde descreveu todo o sofrimento que padeceram e este é um documento muito realista e comovente. Felicidade sofreu muito para dar à luz o seu filho, dois dias antes de ser entregue às feras. O pai de Perpétua visitou-a na prisão e implorou-lhe que renunciasse à sua fé para poder voltar para casa e criar o filho.
Ambas mantiveram a união e a fé em Jesus Cristo e preferiram a morte a pagar o preço que lhes pediam pela salvação. Como estava também com elas o catequista, puderam ser batizadas, confirmando a sua fé.
Tertuliano completou os relatos de Perpétua. As duas mulheres foram degoladas, depois de atacadas por touros e vacas, no dia 7 de março de 203, no Norte de África.
Perpétua viveu a última hora de vida dando prova de grande tranquilidade. Viu Felicidade ser despedaçada pelos animais e, docemente, amparou-a, suspendeu-a nos seus braços e recompôs-lhe o vestido, mostrando um enorme respeito por ela. Esses gestos surpreenderam os pagãos que assistiam ao espetáculo. Mas rapidamente voltaram á sua bárbara realidade pedindo vidas e sangue. Perpétua sofreu a mesma sorte de Felicidade.
Dexaram o seu testemunho para todo o mundo

 
Oração:

Deus todo poderoso, que destes às mártires Santas Perpétua e Felicidade a graça de sofrer por Cristo, ajudai também a nossa fraqueza, para que possamos viver firmes na nossa fé, como elas não hesitaram em morrer por Vosso amor. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Ámen.
 
 

quarta-feira, 11 de março de 2015


 

Dia 6 de março - SANTA COLETA, virgem e abadessa


Nicoleta Boilet, conhecida como Coleta, nasceu no dia treze de janeiro de 1381, em Corbie, perto da cidade francesa de Amiens.
Os seus pais já tinham uma certa idade e não tinham filhos. Pediram a intercessão de São Nicolau nas suas vidas e, quando a filha nasceu, o seu nome foi escolhido em homenagem ao santo.
O pai era um artista que trabalhou no mosteiro beneditino de Corbie, onde  a família viveu durante alguns anos. Coleta foi educada nesse mosteiro e isso foi marcante na sua vida pois nunca mais se afastou da religião.
Tinha dezoito anos quando ficou órfã. Ingressou na Ordem Terceira de São Francisco e desfez-se de todos os seus bens em favor dos pobres.
Por essa altura, teve uma visão de Cristo, que lhe disse que reformasse as Clarissas. Resistiu a cumprir esta missão mas a a sua vida mudou quando ficou muda e cega por uns dias, pois percebeu que tinha de fazer o que lhe tinha sido pedido. Aconselhada por frei Henrique Baume, apresentou-se ao Papa Bento XIII e falou-lhe da missão que lhe fora confiada.
Foi admitida e consagrada pelo próprio Papa para a Ordem Primeira de Santa Clara que a nomeou superiora geral de todos os conventos que fundasse ou reformasse. Confiou-lhe a reforma das Clarissas de França, hoje conhecidas como Claras Coletinas, e dos Irmãos Menores de São Francisco.
Em 1410, Coleta inaugurou o primeiro mosteiro reformado, em Besançon, e seguiram-se-lhe mais dezasseis. reformou também mosteiros masculinos. A sua ação saíu de França e estendeu-se até Espanha, Bélgica e Itália. Trabalhou com São Vicente Ferrer para acabar com o cisma do Ocidente  que culminou com a eleição de três papas: em Roma, em Avignos e em Pisa.
Trabalhou arduamenter para que os conventos voltassem a ser regidos pelo espírito de pobreza preconizado por São Francisco de Assis.
Santa Coleta morreu na Bélgica, no dia 6 de março de 1447. Depois da sua morte encontraram-se registos de prodígios que ela tinha realizado em vida. E, também depois da sua morte, o culto à santa intensificou-se e muitas graças foram conedidas por sua intercessão. Até hoje, mais de cento e quarenta mosteiros das Coletinas continuam ativos, na Europa, na Ásia, na Àfrica e na América.
Foi canonizada pelo Papa Pio VII, em 1807.

Oração:

Querida Santa Coleta, que venceste tantas resistências e vicissitudes, para viver a tua vocação de vida pobre e reclusa na Ordem de Santa Clara, intercede por nós, para que tenhamos firmeza e fidelidade na nossa vocação. Roga a Jesus para que a nossa vida alcance a graça de uma santidade concreta, em resposta fiel ao plano do amor que Deus tem para cada um de nós. Ámen.
Dia 5 de março - SÃO TEÓFILO



Teófilo era bispo da Cesareia da Palestina e foi o principal responsável pela regularização da data de comemoração da Páscoa.
Para se chegar a uma data padrão da comemoração da Ressurreição  do Senhor, foram necessários muitos estudos. São Teófilo foi um dos que trabalhou para que essa data não se confundisse com comemorações de outras religiões.
Esta festa era celebrada em datas diferentes, no ocidente e no oriente. Fiel ao Papa Vítor I, Teófilo organizou um sínodo na Palestina, com os mais respeitados elementos do clero para tratarem de chegar a um consenso sobre a escolha desta data. Nesse encontro foi redigido um documento que apelava a todos para que seguissem as orientações de Roma nestes festejos da Ressurreição do Senhor. Esse documento foi muito bem aceite e oficializado numa carta sinodal, e até aos nossos dias, esta festa é celebrada em todo o lado na mesma data.
Terminada esta tão importante tarefa, São Teófilo voltou à sua rotina, dedicando-se à sua comunidade e tratando todos, ricos e pobres, com o mesmo desvelo de sempre, mantendo firme a sua posição de combater os hereges. A comunidade retribuia e via nele mais um pai do que um chefe eclesiástico.
Festeja-se a sua devoção a 5 de março.



terça-feira, 10 de março de 2015

Dia 4 de março - SÃO CASIMIRO, príncipe da Polónia



Casimiro nasceu no dia três de outubro de 1458, na Croácia, e era o décimo terceiro filho do rei da Polónia, Casimiro IV, e da rainha Elisabete d'Asburgo. Desde o seu nascimento que Casimiro era príncipe da Polónia e grão-duque da Lituânia. poderia ter sido rei, tal como o foram os seus doze irmãos, mas preferiu renunciar a um trono e à riqueza e viver na humildade e na oração. Fez voto de castidade e vivia no seu quarto, que transformou em cela, local onde orava, jejuava e se penitenciava.
Com dezassete anos, encontava-se debilitado fisicamente pelo excesso de jejuns e penitências, mas não fugiu aos seus deveres e começou a ajudar o pai no governo da Lituânia, usando como armas a oração, a prudência e um amor profundo que dedicava a Nossa Senhora e ao Santíssimo Sacramento.
O jovem Casimiro IV acabou por aceitar a regência do reino por um curto espaço de tempo. Ele tinha entretanto contraído tuberculose. O pai, que queria alargar o território, firmando um matrimónio para o jovem com a bela e rica herdeira de Frederico III, deixou-o a tomar conta do reino.

Durante a sua regência, Casimiro não se deixou enlevar pelo poder, era muito amado pelo povo e governava com justiça e bondade. Quando o pai regressou, teve de se resignar com a decisão do jovem de ser celibatário e servir o reino de Deus.
Morreu aos vinte e cinco anos e foi sepultado em Vílnius, capital da Lituânia, em 4 de março de 1484. Passou de imediato a ser venerado pelo povo polaco, lituano, húngaro e russo e a sua fama espalhou-se pela Europa através dos peregrinos que visitavam a sua sepultura. Na Polónia é venerado como protetor dos pobres.
Em 1521 foi canonizado pelo Papa Leão X.
Padroeiro da juventude da Lituânia. Padroeiro da Polónia e da Lituânia.

Oração:

Senhor, nós Vos agradecemos por tudo o que somos e possuímos. Pela intercessão de São Casimiro, Vos pedimos a graça de sermos bons administradores dos bens que nos concedestes e, unidos a Maria, estejamos sempre atentos aos bens eternos. Livrai-nos da ganância pelo poder, da arrogância, da auto-suficiência. Dai-nos a graça de reconhecer que tudo vem de Vós, que unidos a Vós saibamos colocar os nossos talentos pessoais e as nossas riquezas ao Vosso serviço, a fim de que sejamos colaboradores de um mundo melhor. Ámen.





segunda-feira, 9 de março de 2015


 

Dia 3 de março - SANTA CUNEGUNDES, imperatriz


Cunegundes era filha do conde de Luxemburgo, Sigfredo, e de Asdvige. Os pais transmitiram a Cunegundes profundos ensinamentos cristãos e a menina, desde pequena, queria seguir a vida religiosa.
O seu destino não seguiu essa via, pois Cunegundes casou-se com Henrique, duque da Baviera. Henrique era católico e, em 1002, tornou-se rei da Alemanha.
Em 1014, o casal recebeu a coroa imperial do próprio Papa, Bento VIII, em Roma.
Foi um tempo de paz  e prosperidade para o povo e de felicidade, pois este casal ficou conhecido pela felicidade que proporcionava ao seu povo. Tanto bem atraíu a atenção de inimigos do reino e do imperador, e não só o povo mas também na corte se dizia que os esposos tinham um casamento de São José, ou seja, que viviam como irmãos.
Henrique percebeu que Cunegundes não podia ter filhos mas não a repudiou por isso, como era hábito na altura.
Mas as calúnias foram-se espalhando e, mesmo o casal não dando grande importância aos boatos que corriam de que Cunegundes era adúltera, acabaram por ter de tomar uma atitude. Em audiência pública, Cunegundes negou ter traído o marido e para comprovar a sua verdade, invocou a benção de Deus e  mandou que pusessem à sua frente grelhas quentes, que ela pisou descalça várias vezes sem que os seus pés se queimassem. Isso bastou para que todos acreditassem nela e na sua santidade e ela pôde continuar a ajudar quem precisava, pobres, doentes, crianças, idosos, abandonados, nas suas obras religiosas.
Em 1021, o casal fundou um mosteiro beneditino em Kaufungen para agradecer a Deus a cura de Cunegundes, que tinha contraído uma grave doença. Quatro anos depois, Henrique morreu e sua mulher retirou-se para esse convento, abdicando do trono e da sua fortuna, vivendo finalmente a vida religiosa que desejava em criança, por quinze anos. Esse mosteiro possui um riquíssimo acervo de belos paramentos que Cunegundes costurava. Mas ela usava um hábito muito simples e feito por si própria, com o qual trabalhava diariamente e fez questão de com ele ser enterrada.
Antes de morrer pediu para ser sepultada ao lado do marido, na catedral de Bamberg, mandada contruir por eles. Dia 3 de março de 1039 foi o seu último dia de vida terrena.
No local de sua sepultura, aconteceram vários prodígios e o seu culto espalhou-se por toda a Europa.
Foi canonizada no ano 1200 pelo Papa Inocêncio III.

Padroeira do Luxemburgo, da Lituânia e da Polónia.

Oração:

Ó querida Santa Cunegundes, fiel seguidora do ideal clariano em pobreza e castidade, sê para nós um modelo de vida pobre e casta. Que possamos viver uma fidelidade a toda a prova e um amor profundo a Jesus. Intercede por nós, para que saibamos abraçar a nossa vocação, reconhecendo que a graça nos conduz à plenitude da experiência dos mistérios de Jesus Cristo. Que o teu amor a Jesus nos ajude a viver plenamente a nossa consagração.. Ámen.

domingo, 8 de março de 2015




Dia 2 de março - SANTA INÊS de PRAGA


Inês nasceuno ano 1205, em Praga. Com três anos de idade, foi prometida em casamento ao Duque da Silésia. Foi enviada para um mosteiro, fundado pela mãe do noivo, para receber uma educação condigna.
Tinha Inês seis anos quando o noivo foi assassinado e ela foi transferida para um convento.
Não ficou muito tempo no convento pois o pai prometeu-a em casamento ao filho do Imperador Frederico II e mandou-a para a corte para que aí recebesse educação para se tornar uma moça requintada.
O tempo que passou no convento deixara em Inês a semente para a vida religiosa e ela rezava ferverosamente a Deus para que Lhe concedesse essa graça. Deus concedeu-lhe esse favor e o seu compromisso terminou com um plano de um duque que queria a filha casada com o dito filho do imperador.
Mas Inês ainda não estava livre para a seguir a vida religiosa pois o próprio imperador, a quem tinha falecido a esposa, quis que Inês se tornasse sua mulher.
Desesperada, a jovem continuava com as sua orações fervorosas, pedindo a Deus que a deixasse servi-Lo como religiosa. Mais uma vez, o Senhor atendeu o seu pedido. Quando o imperador soube que ela queria tornar-se freira, libertou-a do compromisso.
Com a fortuna da sua família, Inês mandou contruir dois conventos e um hospital, onde as mulheres pobres de Praga eram atendidas gratuitamente. Incentivou e apoiou os Franciscanos e as Clarissas e para eles fundou dois mosteiros. Devota fervorosa de Santa Clara, ingressou mais tarde no convento das Clarissas e do qual se tornou abadessa.
Morreu no dia 2 de março de 1282, em Praga.

Oração:

Querida Santa Inês de Praga, fiel seguidora do ideal de pobreza de Santa Clara, ajuda-nos a ser fiéis no seguimento de Jesus Cristo. Intercede junto Dele para que nos dê coragem e fidelidade, um desejo ardente de permanecer na graça divina, um firme empenho na vida de oração e de contemplação, uma alegria profunda no despojamento interior e exterior. Ensina-nos a saborear a experiência profunda da nossa espiritualidade. Ámen.




Dia 1 de março - SÃO DAVID, arcebispo


São David ficou conhecido como David, o Bretão. É um santo cristão, que nasceu por volta do ano 500, no País de Gales. Era filho do rei Sant de Wales do sul e neto do príncipe Ceredig, de Cardigan.
Sob a direção de São Paulino recebeu a sua educação cristã inicial.
Fundou doze mosteiros, cujas regras se inspiravam nas dos monges egípcios, rigorosos e incorruptíveis.
Teve um papel de destaque no Sínodo de Brevi e, em seguida, foi nomeado Arcebispo de Caerleon. Diz-se que na altura desta cerimónia, uma pomba desceu e foi poisar-se no seu ombro, mostrando que tinha a benção do Espírito Santo.
Durante uns anos foi para Jerusalém, para converter pagãos. Quando o povo não o escutava, ele simplesmente orava e milagres aconteciam: curava doentes, paralíticos se levantavam, tal como Jesus fazia. Atraíu centenas de fiéis e teve a honra de figurar no Livro dos Santos.
Faleceu em 589, em Pembrokeshire, no País de Gales.
Foi canonizado em 1123, por Calixto II.
Aparece representado pregando e com uma pomba no ombro.

 Padroeiro do país de Gales

sexta-feira, 6 de março de 2015

Dia 28 de fevereiro - SANTO OSVALDO, bispo de Worchester e arcebispo de York


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Há dois santos que têm o mesmo nome: Osvaldo. Um foi rei e outro bispo, ambos ingleses.

O segundo santo Osvaldo, era de origem dinamarquesa e é um dos nomes marcantes do catolicismo inglês e europeu do fim do primeiro milénio.
Era sobrinho do bispo de Cantuária, Oto, e do arcebispo de Yok, Oscil.
Escolheu fazer a sua vida religiosa no convento beneditino de Fleury-sur-Loire, em França. Quando o tio arcebispo quis fazer reformas na sua diocese, chamou Osvaldo para ser o mentor, e escolheu-o pela sua capacidade de ser justo e generoso com os pobres.
Entretanto, foi nomeado bispo de Worcester e aliou-se ao arcebispo de Cantuária e ao bispo de Winchester de modo a restabelecer a disciplina monástica que era necessária  para que o caminho correto dentro do cristinianismo fosse recuposto naquela diocese. Fundou dois mosteiros em Westburi. Fundou ainda uma abadia de beneditinos em Worcester e promoveu o estudo científico nos mosteiros que dirigiu.
Pelas suas boas obras foi nomeado arcebispo de York em 972.
Nunca descurou as práticas religiosas e diz-se que ele operou diversas graças em vida.
Morreu no dia 28 de fevereiro de 992, durante uma cerimónia de lava-pés, quando ele próprio lavava os pés de doze mendigos.

Oração:

Ó Deus, que aos Vossos Pastores associastes Santo Osvaldo, animado de ardente caridade e da fé que vence o mundo, por sua intercessão fazei-nos perseverar na caridade e na fé, para participarmos da sua glória. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Ámen.


 

quinta-feira, 5 de março de 2015

Dia 27 de fevereiro - SÃO GABRIEL DE NOSSA SENHORA DAS DORES






Francisco era o nome de batismo deste santo, nome que lhe foi dado em homenagem a São Francisco. Nasceu no ano 1838, em Assis, Itália e a sua família era de origem nobre.
Estudava no colégio dos jesuítas da sua cidade natal, mas era um rapaz fútil e vaidoso, muito dado a leitura de romances, festas, danças e diversões.
No último ano de estudo no colégio, foi acometido por uma doença e, no meio do sofrimento, prometeu que se se salvasse seguiria a vida religiosa. Assim que se apanhou bom, esqueceu-se da promessa.
Mais uma vez ficou doente, mas desta vez decidiu cumprir a promessa. Quando tinha dezoito anos, participou de uma procissão que levava a imagem de Nossa Senhora. Ele ouviu a voz da Virgem Maria que lhe dizia que Deus não o queria a viver daquela maneira, queria-o na vida religiosa. Obedeceu àquele pedido e entrou para a Congregação da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, fundada por São Paulo da Cruz. Ali, o jovem empenhou-se na sua missão e até mudou o nome para Gabriel de Nossa Senhora das Dores, em honra de Nossa Senhora, e dedicou-se à oração e aos estudos filisóficos. Uma característica muito particular foi que manteve a sua jovialidade também na nova vida.
Morreu muito jovem, com vinte e quatro anos, em 1862, vítima de tuberculose.
Foi beatificado em 1908 e canonizado em 1920, pelo Papa Bento XV, que o declarou um exemplo a ser seguido pela juventude de hoje.
O Santuário de São Gabriel de Nossa Senhora das Dores é local de inúmeras peregrinações, um dos mais procurados de Itália e do mundo cristão.São Gabriel é também conhecido pelo "Santo do Sorriso", cativando a devoção de muitos jovens a Deus e à Virgem Maria.


Co-Patrono da Ação Católica.

Padroeiro principal da região de Abuzzo, Itália.



 



quarta-feira, 4 de março de 2015

Dia 26 de fevereiro - SÃO PORFÍRIO, bispo de Gaza



 Porfírio nasceu no ano 347 em Tessalónica, na Grécia. Foi muito bem educado por seus pais e orientado na vida cristã em busca de Deus.
Com vinte e cinco anos foi para o Egito onde experimentou uma vida austera. Depois foi para a Palestina onde viveu cinco anos como eremita. Durante mais cinco anos visitou os lugares santos de Jerusalém e depois estabeleceu-se nas margens do rio Jordão.
Aqui conheceu o discípulo Marcos mas, entretanto, devido à insalubridade do local onde moravam, Porfírio ficou muito doente e teve de voltar a Jerusalém para se tratar.
Sentia, contudo, que lhe faltava algo. Com a morte dos pais, Porfírio recebeu uma grande herança. Decidiu manter-se pobre e mandou distribuir todos os seus bens pelos pobres da sua terra natal.
Numa altura em que não se encontrava muito bem de saúde, desmaiou e, de repente, viu-se frente a frente com Cristo crucificado, tendo a seu lado o bom ladrão. Jesus ordenou-lhe que levantasse Porfírio do chão, deepois o próprio Jesus desceu da cruz, deu-a ao santo e disse-lhe que cuidasse dela. Ao acordar, Porfírio estava curado. E João, bispo de Jerusalém, tratou de nomear Porfírio "guarda do santo lenho". Ordenou-o sacerdote e bispo em Gaza.
Em Gaza havia um templo pagão e os seus frequentadores  planearam matá-lo, mas Porfírio venceu  combatendo-os com a fé. Com a sua influência conseguiu que muitos templos pagãos fechassem as suas portas.
Numa época em que não chovia havia muito tempo, os agricultores em desespero faziam sacrifícios pedindo chuva aos deuses pagãos, mas nenhuma gota caiu do céu. Porfírio ordenou um dia de jejum e organizou uma procissão de penitência. Mal terminou a procissão, começou a chover abundantemente e muitos pagãos dse converteram.
Em Gaza não ficaram vestígios de paganismo a não ser uma estátua da deusa Vénus. Um dia, Porfírio colocou-se diante da estátua e ela desmoronou-se desfazendo-se em muitos pedaços. Quem ainda não se tinha convertido, fê-lo neste momento.
A fama de santidade acompanhou este homem até à sua morte, que ocorreu em 26 de fevereiro de 420.

Oração a São Porfírio:

Feliz aquele que segue Teus caminhos, ó Senhor! Ajuda-nos a praticar os Teus ensinamentos e a aproveitar o testemunho que os santos dão em Teu favor. Fortalece-nos para abraçar o árduo caminho da cruz e sustenta a nossa caminhada com a esperança da ressurreição. Ámen.

terça-feira, 3 de março de 2015

Dia 25 de fevereiro - SANTA VALBURGA




Santa Valburga nasceu no ano de 710, em Devonshire, Inglaterra. Era filha do rei dos Saxões do Oeste, São Ricardo, de uma linhagem de cristãos  que se sucediam no trono e que já vinha do século III.
Quando Valburga tinha dez anos, o pai entregou o trono a um sobrinho e a família foi viver para um mosteiro. Pouco tempo depois, o pai e os irmãos foram em peregrinação a Jerusalém e ela ficou com a abadessa Wimburn. Dois anos depois o pai morreu e a jovem ficou no convento e tornou-se monja. E foi aí que descobriu a beleza do chamamento de Deus.
Em 748, Valburga e outras monjas foram enviadas à Alemanha para fundarem mosteiros junto de populações recém convertidas. Nessa viagem, uma grande tempestade foi aplacada pelas suas preces, Deus já manifestava milagres através da sua pessoa.
Na Alemanha foi recebida e apoiada pelo bispo Bonifácio, seu tio, que desenvolvia com os sobrinhos um grande trabalho de evangelização.
O bispo designou a diocese de Eichestat a Valburga, onde o seu irmão, o sacerdote Vunibaldo, tinha mandado construir um mosteiro, sendo este um projeto para um mosteiro feminino e do qual foi nomeada a abadessa. Depois da morte do irmão, passou a dirigir os dois mosteiros, por dezassete anos.
Valburga devotou-se a Deus de tal forma que coisas extraordinárias aconteciam com frequência, como uma luz sobrenatural que envolveu a sua cela enquanto rezava, presenciada por todas as monjas e a cura da filha de um barão, após uma noite de oração ao seu lado.
Morreu no dia 25 de fevereiro de 779, o seu corpo ficou sepultado no mosteiro  de Heidenheim, onde permaneceu durante oitenta anos. Em 893, quando o seu corpo foi trasladado para a igreja de Eichestat, este estava intacto. Das pedras do sepulcro brotava um líquido de aroma suave, como se fosse um óleo fino, facto que se repetiu sob o altar onde o corpo ficou sepultado.
Nessa cerimónia, algumas relíquias da Santa foram enviadas para o norte de França, onde o rei Carlos III, o Simples, havia construído no seu palácio de Atinhy, uma capela dedicada a Santa Valburga. O seu culto espalhou-se e o líquido continua a brotar até hoje. É recolhido em concha de prata e guardado em garrafinhas que são distribuídas para o mundo inteiro. Os devotos afirmam que continua a operar milagres.

Oração:

Concedei-nos, ó Deus, a sabedoria e o amor que inspirastes a Vossa filha Santa Valburga para que,  seguindo o seu exemplo de fidelidade, nos dediquemos ao Vosso serviço e Vos agradecemos pela fé e pelas obras, por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Ámen.

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Dia 24 de fevereiro - SÃO SÉRGIO



Sérgio é oriundo de Palermo, Itália, onde nasceu no seio de uma família síria.
Foi ordenado sacerdote em Roma e, por pouco,  não se manteve ignorado na história do cristianismo. Nada foi escrito sobre ele nos registos da Igreja bizantina e grega dos primeiros tempos. No entanto, a sua popularidade veio de um escrito latino do tempo do imperador Diocleciano em que se descrevia o seu martírio e o lugar onde foi sepultado.
Diz o texto que na época do imperador Diocleciano, em 304, todos os governadores de províncias romanas tinham que perseguir os cristãos sob pena de, se não o fizessem, confiscavam-lhes os bens.  Um em particular, muito zeloso do seu cargo e bastante oportunista,  Sapricio, governava a Arménia e a Capadócia, território da Turquia de hoje.
Durante a visita de Sapricio e de um senador romano a Cesareia, na Capadócia, para assistirem às festas em honra de Júpiter, Sapricio, querendo mostrar lealdade, mandou que todos os cristãos fossem ali enviados para prestarem culto a Júpiter. Caso não o fizessem seriam denunciados e condenados à morte.
Poucos puderam fugir e a maioria esteve presente no local indicado, onde estava também Sérgio. Este era já um velho magistrado, retirado da vida profissional e dedicando-se à vida monástica. A sua presença em Cesareia deveu-se a um impulso interior e não a uma denúncia. As pessoas já não se lembravam dele, podia ter continuado retirado a rezar por aqueles que eram condenados aos martírios.A sua chegada atraíu as atenções, todos quiseram vê-lo e isso criou confusão. O sacerdote que oficiava o culto a Júpiter ficou irritado porque precisava que todos participassem na cerimónia pois, segundo ele, Júpiter estava insatisfeito e, portanto, não atendia as necessidades do povo. Algo surpreendente aconteceu, os fogos ateados para os sacrifícios apagaram-se e atribuíram este acontecimento aos cristãos, que assim tinham irritado ainda mais o deus.
Sérgio, tomando uma posição de destaque, disse a todos que os seus deuses nada valiam e que só havia um Deus, o Deus venerado pelos cristãos. Foi preso e levado perante o governador que o intimou a venerar Júpiter. Perante a recusa de Sérgio, foi decapitado no dia 24 de fevereiro.
O seu corpo foi recolhido por cristãos e sepultado na capela de uma senhora muito devota. Dali foram transportados para Ubeda, cidade espanhola da Andaluzia.
 
Oração:

Deus todo poderoso, concedei-nos por intercessão de São Sérgio, a graça de anunciar o Evangelho e denunciar toda a mentira, toda a falsidade, que atenta contra a Igreja. Ámen. São Sérgio, rogai por nós!