sábado, 28 de março de 2015
Dia 22 de março - SÃO BASÍLIO de Ancira, sacerdote e mártir
São Basílio era padre em Ancira, sob as ordens do bispo Marcelo, e homem de vida muito santa, que pregava a palavra de Deus com muita assiduidade. Foi proibido pelos bispos arianos, em 360, de reunir assembleias eclesiásticas mas, ele desobedeceu pois achava essa ordem injusta, e defendeu a fé católica diante do próprio imperador Constâncio.
Quando Juliano, o Apóstata, restabeleceu a idolatria, Basílio percorreu a cidade inteira, exortando os cristãos a manterem-se firmes e a não se mancharem com os sacrifícios dos pagãos. Foi capturado e arrastado até ao procônsul, sendo acusado de sedição, de que espicaçava o povo contra os deuses e que se tinha referido ao imperador com insolência. O procônsul ordenou que ele fosse torturado na roda, e informou o imperador do que tinha feito. Este aprovou o seu procedimento e mandou-lhe dois cortesãos para o ajudarem no julgamento de Basílio. Apesar de preso, Basílio não parou de orar e glorificar Deus.
Entretanto, o imperador Juliano deixou Constantinopla com destino a Antioquia, para se preparar para uma expedição contra os persas. Quando chegou a Ancira, trouxeram Basílio à sua presença e o astuto imperador, afetando compaixão, disse-lhe: "Eu próprio sou versado nos seus mistérios, e posso informá-lo de que Cristo permanece entre os mortos." Basílio respondeu-lhe que ele estava enganado e que tinha renunciado a Cristo no momento em que Deus lhe tinha oferecido o império. Acrescentou ainda que Deus lhe tiraria o império e a vida. Juliano disse-lhe então que tinha pensado mandá-lo embora mas, dada a sua insolência e persistência nas mesmas ideias, via-se obrigado a dar-lhe uma pena pesada: todos os dias lhe seria arrancada pele em sete sítios diferentes do corpo, até que não restasse mais nenhuma.
O santo sofreu com infinita paciência as primeiras incisões mas depois pediu para falar com o imperador. Este, acreditando que Basílio cederia, deu ordens para que o levassem ao templo onde se encontrava. O santo surpreendeu-o declarando que nunca adoraria ídolos cegos e surdos e, pegando num pedaço da sua carne que ainda estava agarrada ao corpo, atirou-a a Juliano. O imperador ficou exasperado e mandou que lhe duplicassem as torturas. As incisões eram tão profundas que as entranhas ficavam à vista. As pessoas que assistiam, comoviam-se e choravam de compaixão. Basílio, em voz alta, orava todo o tempo. Depois, foi levado de novo para a prisão.
Na manhã seguinte, Juliano partiu para Antioquia. O santo foi deitado de barriga para baixo e as costas trespassadas com espigões aquecidos ao rubro. Expirou sob estas torturas a 29 de junho de 362 mas a sua devoção é celebrada dia 22 de março.
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