Zenão nasceu no norte de África por volta do ano 302. Num dos seus sermões descreve o martírio de São Arcadius como observador, por isso supõe-se que tenha nascido na Mauritânia. Ficou conhecido pelos sermões que se lhe atribuem, cerca de uma centena, a mais antiga coleção de homilias em latim que existem.
Em 8 de dezembro de 362 foi nomeado bispo de Verona. Combateu empenhadamente a idolatria na cidade e nas regiões vizinhas pois esta tinha-se espalhado largamente pela região.
O seu sucesso deveu-se muita à sua grande capacidade de orador que atraía multidões. Era tanta a gente que o bispo teve de mandar construir uma catedral maior.
Zenão é lembrado como um bispo muito zeloso, que todos os anos convertia inúmeros pagãos, que construía igrejas mas, fundamentalmente, como um escritor eclesiástico que versou assuntos tão importantes como, por exemplo, a virgindade de Maria no nascimento de Jesus. Os seus sermões foram uma importante fonte de informação para a Igreja. Considerava o Batismo como o Sacramento que chamava os homens mortos à vida e que a fé na verdade revelada por Deus era necessária, mas a caridade era fundamental para a salvação de cada homem.
Antes de ser bispo, Zenão era pescador no rio Adige, o rio de Verona, e é representado como um bispo, com o seu báculo ou uma vara de pescar com um peixe.
São Gregório Magno narra um milagre que aconteceu dois séculos após a morte de Zenão, baseado em testemunhos. Em 589, o rio Adige ameaçou inundar Verona e o povo refugiou-se na igreja do seu padroeiro. As águas estavam muito altas, chegavam à altura das janelas, mas nunca passaram as portas da igreja. Este e outros milagres são atribuídos a São Zenão e a sua devoção espalhou-se muito.
Morreu em 12 de abril de 371.
Os restos mortais do santo foram trasladados para uma nova e espaçosa catedral, a Igreja de São Zeno Magiore, em Verona.
Padroeiro de Verona, dos pescadores e dos recém-nascidos.
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