segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

19 de janeiro - SANTO ODILO


Odilo nasceu em 962, na cidade francesa de Auvergne. O pai era Beraldo, da família nobre Mercoeur, e a sua mãe Gerberga.
A sua vida espiritual começou cedo, na infância, aos quatro anos de idade. Tinha uma deficiência nas pernas que o impedia de andar. Certa vez em que foi com a governanta à igreja, ficou à porta a rezar enquanto ela foi falar com o padre. A criança arrastou-se até ao altar e pediu à Virgem Maria que lhe concedesse a graça de andar. No mesmo instante, sentiu uma força invadir as suas pernas, pôs-se de pé e foi ter com a governanta que, com o vigário, puderam constatar esta maravilha.
 Em 991, após terminar os estudos, ingressou no Mosteiro beneditino de Cluny. O seu trabalho e a sua humildade fizeram-no sucessor do abade e Santo Mayeul, em 994, cargo que ocupou durante toda a sua vida.
Apesar de ser um homem de pequena estatura possuía uma força e um caráter notáveis. Sob as suas ordens, usando a gentileza e a clareza, capacidade de trabalho e organização, oração e penitência, prosperava o trabalho para fazer Cristo reinar sobre a terra. Empenhou-se para conseguir também harmonizar Igreja e Império numa "trégua de Deus".
Como alto representante da Igreja, era procurado por ilustres e por pobres e atendia todos com a mesma humildade de servo de Cristo. Ajudava famintos e abandonados e não se coibia de esvaziar as despensas do mosteiro ou vender objetos valiosos para ajudar a população. Mesmo assim, eram insuficientes os recursos e Odilo fez-se mendigo, pedindo a príncipes e à aristocracia para dar aos pobres.
Odilo encorajava o estudo nos seus mosteiros e encarregou o monge Radolfo Glaber de escrever uma história da sua época. Mandou erigir um magnífico edifício para abrigar o mosteiro e mandou reformar outros mosteiros beneditinos. No reinado de Afonso VI, esta ordem espalhou-se para o reino de Castela.
Aumentou também a quantidade de mosteiros filiados à Abadia de Cluny, de trinta e sete passaram a sessenta e cinco. Numa épocas de reforma monástica, Odilo, quinto abade de Cluny, era considerado um verdadeiro chefe da cristandade.
 Em 998 determinou que todos os conventos beneditinos passassem a celebrar "o dia de todas as almas", data que Roma transpôs para todo o mundo católico do ocidente, em 1311, com o nome de "dia de finados".
Foi eleito arcebispo de Lyon pelo povo e pelo clero, chegando a ser nomeado pelo Papa João XIX, mas recusou o cargo.
Morreu em 31 de dezembro de 1049, durante uma visita ao mosteiro de Souvigny, em França. com fama de santidade. O seu culto foi reconhecido pela Igreja e incluído no calendário dos beneditinos de todo o mundo. Em 1063, Pedro Damião assumiu o seu processo de canonização e escreveu uma breve biografia sobre ele, baseada no trabalho de Jotsaldo, um dos monges que acompanhava Odilo nas suas viagens. A sua comemoração passou de 2 para 19 de janeiro.
Das suas obras restaram simplesmente uma sobre a vida da imperatriz Adelaide, de quem era próximo, uma curta biografia do abade Mayeul, sermões sobre algumas festas do ano litúrgico, alguns hinos e orações e  algumas cartas da sua extensa correspondência.




Sem comentários:

Enviar um comentário